terça-feira, 7 de setembro de 2010

O papel de Santos na Independência do Brasil


Há exatos 188 anos, o Brasil declarava sua Independência de Portugal e iniciava sua história como Nação. De acordo com os registros oficiais, foi em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, que o então Príncipe Regente D. Pedro I bradou o famoso: Independência ou Morte!

Mas o conhecido “grito do Ipiranga” não surgiu do nada. A emancipação brasileira foi o resultado de um amplo movimento no qual a cidade de Santos teve papel fundamental. O ilustre santista José Bonifácio de Andrada e Silva, conhecido como o Patriarca da Independência, foi quem chamou a atenção de D. Pedro I para a importância de sua intervenção nos conflitos vividos entre a colônia brasileira e o reino português. José Bonifácio teve influência direta na ruptura dos laços políticos e administrativos com Portugal e na linha política adotada nos primeiros anos do Brasil Império.

Os anos se passaram, mas os santistas continuam a contribuir para a independência brasileira. Não a independência política ou administrativa, mas a independência econômica. O porto de Santos movimenta mais de 25% do valor dos produtos negociados no mercado externo e mais de 80 milhões de toneladas de cargas por ano, número que nenhum porto da América do Sul conseguiu alcançar.

A produção dos mais importantes pólos industriais brasileiros e dos maiores agronegócios do país passa pelo cais santista, que hoje ajuda o Brasil a ter o título de terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo e o primeiro nas exportações de açúcar, carne bovina, carne de frango, café, suco de laranja, tabaco e álcool.

E o futuro se mostra promissor. Por sua localização estratégica, Santos poderá se tornar ainda mais importante para a economia nacional, haja vista os investimentos já programados para a cidade em virtude da crescente produção agrícola nacional e das descobertas do petróleo na camada pré-sal.

Mas para que o desenvolvimento da cidade e da região não seja comprometido, Santos e baixada precisam se preparar desde já, apostando na capacitação de seus trabalhadores e futuros profissionais; investindo na melhoria de seus acessos viários, ferroviários, hidroviários e dutoviários; investindo na modernização de seus terminais e retroáreas; e melhorando a logística de suas operações portuárias.

Neste dia 7 de setembro de 2010, se Santos fosse o Brasil, Dom Pedro com certeza não gritaria “Independência ou Morte!”. Acho que ele iria preferir “Planejamento ou Caos!”.

Deputado Federal

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