quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Deputado Federal Beto Mansur avalia debate com estudantes

Meu primeiro compromisso desta quarta (25/08) foi com o colégio Objetivo de Santos. A escola promoveu um debate político que reuniu cinco candidatos a deputado federal... E eu estava entre eles. O evento foi bem organizado e durou quase duas horas. Falamos para uma sala com cerca de 200 estudantes do terceiro ano do ensino médio, cursinho e professores. O mediador foi o jornalista Paulo Schiff.



O debate começou com as apresentações de cada candidato e só depois vieram as perguntas. Os primeiros a perguntar foram os professores. Na minha vez, eles quiseram saber sobre as verbas que cada deputado tem à sua disposição para destinar aos municípios. Eu disse que sempre destinei verbas, prioritariamente, para obras de saneamento, saúde, habitação e infraestrutura. Mas lembrei a eles que mais do que destinar verbas que já são “nossas” (mais ou menos 12 milhões de reais), devemos lutar por recursos extras. No final do ano sempre sobram verbas em um ou outro ministério e eu sempre vou atrás delas. Ano passado, por exemplo, eu consegui 500 mil reais para Santos desse jeito.




Depois dessa primeira rodada de perguntas, os alunos começaram a participar. Os questionamentos foram variados e muito inteligentes. Nessa fase, o debate deu uma esquentada e dois adversários chegaram a iniciar uma pequena discussão, mas nada demais. Nessa primeira sequência de perguntas, respondi a um aluno chamado Arthur. Ele quis saber sobre a questão ambiental que envolve os “bairros-cota” de Cubatão. Eu disse ao Arthur que esses bairros surgiram a partir da construção da rodovia Anchieta, portanto, há mais de 60 anos. Isso quer dizer que centenas de moradores estão ali há décadas e não podem ser simplesmente removidos como se fossem objetos. Eu defendo apenas a remoção das famílias que estão em áreas de risco. Para as demais, acho que o ideal é investir no local onde elas estão. Os moradores das “cotas” precisam de ruas asfaltadas, coleta de esgoto, centros esportivos, pronto-socorro, unidades básicas de saúde... Acho um absurdo exigir que uma família estabelecida, que mora numa casa grande, com quintal pra fazer suas churrascadas de final de semana, seja obrigada a se mudar para um apartamento pequeno oferecido pelo governo.




A segunda pergunta que coube a mim veio do Kauê. Ele queria que eu me posicionasse a respeito do “ Bolsa Família”. Eu disse que acho o “Bolsa Família” um programa de distribuição de renda muito importante e que, apesar de suas falhas, deve ser mantido. Só penso que ele não pode existir indefinidamente e que as falhas devem ser corrigidas. Precisamos capacitar os pais de família para que eles não dependam eternamente desse benefício. Hoje tem gente que não quer se empregar para não perder o auxílio. Isso não pode acontecer.




Na rodada final de perguntas, quem me questionou foi o Gabriel. Ele queria saber sobre o que poderia ser feito para acabar com os problemas de transporte no Porto de Santos. Eu disse que os governos federal, estadual e municipal devem atuar em conjunto fazendo obras viárias e de infraestrutura. Em 1997, quando eu era prefeito de Santos, por exemplo, pedi ao governo federal a liberação de um terreno para a construção de um estacionamento de caminhões e só agora isso está saindo do papel. É muito tempo de espera. Também lutei junto ao ex-governador Mário Covas pela construção da segunda alça de acesso do viaduto da Alemoa. Hoje essa alça é fundamental para evitar congestionamentos naquela área. O que é preciso ficar claro é que os investimentos no porto não podem parar. Hoje, por exemplo, o governo estadual resolveu o problema da Bandeirantes com o rodoanel, mas quando os caminhões chegam na baixada é um inferno. Outra questão é a falta de investimentos em ferrovias. Precisamos de uma ferrovia Norte-Sul para escoar os grãos produzidos no Mato Grosso. Em resumo: não importa quem ganhe a eleição para presidente e governador. Quem assumir, vai ter que investir no cais santista. Sem investimentos pesados os problemas de logística e transporte vão continuar.




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