quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Beto Mansur faz balanço parcial da viagem ao Panamá e Estados Unidos


Minha viagem ao Panamá e Estados Unidos termina nesta sexta (13/08), mas já dá pra fazer um pequeno balanço do que vi até hoje (12/08). Para você que está chegando agora no meu blog, saí do Brasil no domingo (08/08) para participar de visitas técnicas a portos e terminais desses dois países. Estou integrando uma comitiva de empresários, políticos e autoridades portuárias que se prepara para o Santos Export 2010, um fórum sobre a expansão do cais santista. O evento vai ser realizado dia 31 de agosto, em Brasília, e para que nossa participação nos debates seja mais produtiva, os organizadores programaram essa viagem.

Nos dois primeiros dias, fiquei no Panamá. Lá, conheci as obras de ampliação do canal de 82 quilômetros que liga os oceanos Atlântico e Pacífico e o Manzanillo International Terminal. Essa empresa já se prepara para o aumento nas operações de carga que deve ser gerado com a inauguração das novas eclusas do canal panamenho. O Terminal quer ser um parceiro de operações do Porto de Santos, o que pode ser bom para o nosso país. Nosso cais é um grande concentrador de cargas e vai sofrer impactos com a mudança das rotas comerciais de muitos navios pós e super pós panamax. Hoje, essas embarcações são grandes demais para cruzar o canal panamenho, mas em 2014, quando as obras ficarem prontas, eles já poderão passar por lá e encurtar suas rotas comerciais.

Os navios pós e super pós panamax chegam a ter a largura de 22 contêineres e são capazes de carregar até 14 mil TEUs (contêineres de 20 pés). Isso quer dizer que, para operá-los, nossos portos precisam de dragagem (para aumentar a profundidade dos berços e canais); equipamentos mais pesados para movimentar as cargas; grandes berços de atracação, já que os navios são muito compridos; e mais retroáreas, uma vez que as embarcações trazem muito mais carga em cada viagem.

Hoje (12/08), estou em Miami, na Flórida. Vim conhecer um dos maiores portos de cruzeiros marítimos do mundo. Em 2009, o complexo portuário de Miami recebeu 4 milhões de turistas. Para se ter uma ideia do que isso significa, nosso Porto de Santos recebe em média 800 mil por temporada. A questão é que temos potencial para muito mais, é só investir sistematicamente no segmento. Miami, por exemplo, tem um grande plano de desenvolvimento que inclui até um túnel sob um dos canais de navegação. O objetivo é ligar a área urbana e a região dos terminais. A obra vai custar U$ 860 milhões, o equivalente a R$1 bilhão e meio de reais.

Bom, amanhã (13/08) é o último dia da nossa viagem. Na programação da comitiva, está prevista uma visita a Port Everglades. Esse porto fica a pouco mais de 30 quilômetros de Miami e tem cinco terminais exclusivos para passageiros, além de outros doze que podem ser usados tanto para carga como para o turismo. Depois da visita, voltamos todos para o Brasil.

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