domingo, 29 de agosto de 2010

Beto Mansur fala sobre os investimentos na área de granéis líquidos

As questões técnicas, políticas e econômicas relativas à exploração do Pré-sal da bacia de Santos têm dominado o noticiário brasileiro nos últimos meses. E por causa do Pré-sal, o município de Santos (litoral paulista) tem ocupado cada vez mais espaços na imprensa.


Mas a cidade não merece destaque apenas por abrigar a “sede” do Pré-sal. O papel estratégico de Santos (e municípios vizinhos) no setor portuário nacional é incontestável e precisa ser mais debatido pela sociedade. Os investimentos públicos e privados até chegam à região, mas não na velocidade que o mercado requer.

Neste sábado (28/08), li no principal jornal de Santos que um novo terminal marítimo, exclusivo para o escoamento de granéis líquidos, vai ser instalado às margens do Rio Casqueiro, no bairro da Alemoa. A notícia deveria ter me deixado entusiasmado, afinal, é mais um grande empreendimento que chega ao município. Mas a informação me deixou tão satisfeito quanto preocupado. É que no mesmo instante me dei conta de que o novo terminal, apesar de importante, é ainda um investimento pequeno diante das necessidades do cais santista.

Segundo a própria reportagem, o Porto de Santos tem hoje um déficit de 8,1 milhões de toneladas anuais no segmento de granéis líquidos e nem todos os terminais especializados previstos para entrar em funcionamento no litoral até 2014 vão suprir essa demanda. Na melhor das hipóteses, o déficit apenas caiará para 3,5 milhões.

Mas como atrair mais investimentos para o setor de granéis líquidos e todos os demais setores?

A resposta não é simples. Para que os empresários se interessem por Santos e região, precisamos ter atrativos que vão além de uma boa demanda e uma boa posição geográfica. E alguns desses atrativos poderiam ser a acessibilidade e a agilidade na liberação das licenças ambientais. O problema é que o processo de licenciamento ainda é moroso e acessibilidade é uma condição cada vez mais rara no Porto de hoje... É só passar alguns minutos na entrada de Santos para constatar isso. Os engarrafamentos e a falta de estacionamentos fazem parte da rotina dos motoristas. A cada safra de soja ou açúcar o cenário é o mesmo: prejuízo para produtores rurais, caminhoneiros, exportadores, população em geral...

E será que existe solução para essas questões?Claro que sim. Desde soluções que envolvem um melhor planejamento logístico a soluções que têm a ver com mudança de leis e grandes investimentos, como a construção de um novo viaduto na entrada do município de Cubatão. No caso das soluções que envolvem mudança de leis, posso atuar mais fortemente. Eu pretendo, por exemplo, defender a desburocratização dos processos de liberação de licenças ambientais. No caso dos investimentos, como político e representante da região, posso pressionar as autoridades para que obras como essa saiam do papel.



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