sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Beto Mansur revive os tempos de faculdade no Mackenzie


Foi uma pequena viagem ao passado. Quando cheguei, ontem (28/05), ao bairro de Higienópolis, em São Paulo, já comecei a lembrar dos tempos em que fazia Engenharia Elétrica no Mackenzie. Como a maioria dos brasileiros que chega às universidades, eu dividia o meu tempo entre o trabalho e as aulas na faculdade. Nunca fui o melhor da classe, mas também não fiz feio. Tenho que confessar que não era chegado a livros muito teóricos ou romances, mas sempre gostei de estudar e de me informar, por isso estava sempre lendo os jornais do dia ou algum livro ou artigo técnico. Mas você deve estar se perguntando, por que o Beto está falando tudo isso? É que ontem à noite eu estive na universidade Mackenzie para dar uma palestra sobre o cenário brasileiro nas áreas de petróleo e gás. A palestra fez parte da programação da XXII Semana de Engenharia e Tecnologia.

Como não podia deixar de ser, minha apresentação foi focada no impacto que as jazidas encontradas na chamada camada pré-sal estão causando na economia brasileira. Comecei a palestra mostrando como esse reservatório de petróleo e gás se formou e onde ele está localizado. Abordei também os critérios atuais para as participações governamentais na exploração das jazidas e os projetos de lei que tramitam no Congresso. Eu, por exemplo, tenho um projeto que trata de limites territoriais. Nele, eu proponho um novo traçado para as linhas divisórias que definem o mar territorial dos estados e municípios. Na prática, essa mudança beneficia o estado de São Paulo e os municípios do litoral.


Eu preparei material para uma hora de palestra. Talvez tenha exagerado, mas o fato é que os alunos ouviram com atenção até o final. De tudo o que eu falei, acho que o que mais interessou foram os números relativos aos investimentos previstos para o setor e as perspectivas de mercado de trabalho. Mostrei a eles que os projetos aprovados pela Petrobras para o período 2010/2014 preveem investimentos de 224 bilhões de dólares. Desse total, 50 bilhões devem ser empregados apenas na bacia de Santos. O setor vai precisar capacitar cerca de 260 mil pessoas nos próximos quatro anos se quiser preencher as vagas de trabalho que vão ser geradas. Esse número é baseado num levantamento feito pelo Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, o Prominp. Esse programa foi criado pelo Governo em 2003 e leva em conta as cinco refinarias e as 28 plataformas de petróleo e gás que serão construídas até 2017.

Saí da palestra com o sentimento de dever cumprido. Quanto mais pessoas entenderem o momento que estamos vivendo, melhor para o país. Os jovens precisam se preparar para o que vem por aí, mas eles só se sentirão estimulados a isso se compreenderem perfeitamente o contexto das mudanças que estão para acontecer.

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